Um caso suspeito de intoxicação por metanol após o consumo de bebida destilada está sendo investigado no Tocantins. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) neste sábado (18). O paciente é morador de Palmas e está internado no Hospital Geral de Palmas (HGP), aguardando exames confirmatórios.
De acordo com a SES, o homem relatou ter consumido bebida destilada em casa. Após a ingestão, apresentou sintomas como dores, náuseas, vômitos, falta de ar e visão turva. A idade do paciente não foi informada.
Riscos do metanol
O metanol é um álcool utilizado na indústria, presente em solventes e outros produtos químicos. Sua ingestão é altamente perigosa. Ao ser metabolizado pelo fígado, transforma-se em substâncias tóxicas que afetam a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até a morte. Também pode provocar falência pulmonar e renal.
Situação nacional
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registradas 133 notificações de intoxicação por metanol no país:
- 46 casos foram confirmados;
- 87 permanecem em investigação;
- 528 notificações foram descartadas.
Os casos confirmados estão distribuídos por quatro estados:
- São Paulo (38)
- Paraná (4)
- Pernambuco (3)
- Rio Grande do Sul (1)
Entre os casos sob investigação, São Paulo concentra a maioria, com 44 registros. Em seguida aparecem Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2), Bahia (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1) e Tocantins (1).
Foram confirmadas 10 mortes relacionadas à intoxicação por metanol no país: oito em São Paulo e duas em Pernambuco. Outros oito óbitos seguem em investigação — sendo um na Paraíba, um no Paraná, um em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco e dois em São Paulo.
