Uma carreta que transportava ácido sulfúrico no momento do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira foi retirada do fundo do rio Tocantins neste sábado (18). O veículo estava submerso desde dezembro de 2024, quando a estrutura que ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), pela BR-226, colapsou.
Imagens feitas no local mostram o momento em que a carreta emergiu, içada por balões de reflutuação utilizados pela equipe de resgate. A operação contou com a participação de mergulhadores especializados e apoio de guindastes para remover o veículo da água.
A queda da ponte ocorreu em 24 de dezembro de 2024, deixando 14 mortos, três desaparecidos e um ferido. No momento do desabamento, carretas, caminhonetes e carros de passeio passavam pelo vão central da estrutura. Três caminhões transportavam produtos perigosos, como ácido sulfúrico e agrotóxicos.
A operação de reflutuação foi acompanhada pelo vereador Elias Júnior, que também havia registrado em vídeo, no ano passado, o instante em que a carreta iniciava a travessia da ponte, instantes antes do colapso.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a próxima etapa dos trabalhos será a retirada do cavalo mecânico, que permanece sob os escombros no leito do rio. “O DNIT está comprometido em realizar essa etapa com a máxima segurança, minimizando impactos ao meio ambiente e garantindo a integridade da área”, informou o órgão em nota.
Operação técnica
De acordo com o DNIT, a equipe técnica é formada por 10 mergulhadores e conta com tecnologia especializada para o resgate subaquático. Foram utilizados balões de reflutuação com capacidade para até cinco toneladas, garantindo a elevação controlada dos veículos.
No dia 13 de outubro, um caminhão Volvo FH 500 também havia sido retirado da mesma forma. Antes do início das operações, foi feito um mapeamento detalhado da área e estudos técnicos para garantir a segurança das ações.
O colapso da ponte ocorreu por volta das 14h50 do dia 22 de dezembro de 2024. Segundo informações levantadas à época, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões estavam sobre o vão central no momento da queda.
Os destroços remanescentes da antiga estrutura foram demolidos em 2 de fevereiro deste ano. As obras de reconstrução foram iniciadas logo em seguida, com previsão de entrega ainda em 2025.