Biomédico tem papel decisivo no diagnóstico precoce do câncer de próstata

Biomedicina está na vanguarda das novas tecnologias para assegurar diagnósticos cada vez mais precisos
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Depois do Outubro Rosa, as atenções do calendário de saúde se voltam aos homens. O Novembro Azul é um convite à conscientização sobre o câncer de próstata, o tipo mais comum entre o público masculino no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Mais do que reforçar a importância da prevenção, a campanha também destaca o papel essencial do biomédico no diagnóstico precoce da doença, etapa fundamental para aumentar as chances de cura e garantir qualidade de vida ao paciente.

De acordo com o coordenador do curso de Biomedicina da Faculdade de Ciências Médicas Afya Palmas, professor Luis Fernando Castagnino Sesti, o biomédico é peça central no diagnóstico laboratorial. “Esse profissional atua desde a coleta e o processamento das amostras até a análise de marcadores tumorais, como o PSA (antígeno prostático específico). No SUS, o PSA é um dos exames laboratoriais preconizados pelo Ministério da Saúde como ferramenta complementar à avaliação clínica e ao toque retal”, explica.

Segundo o biomédico, é o trabalho técnico e científico desse profissional que assegura a fidedignidade dos resultados e permite detectar alterações prostáticas ainda em fases iniciais, muitas vezes antes mesmo do surgimento de sintomas. “A atuação do biomédico contribui diretamente para o rastreamento e o encaminhamento adequado do paciente à atenção especializada”, reforça.

O processo laboratorial envolve várias etapas que dependem diretamente da expertise biomédica. Desde a orientação sobre a coleta correta até a análise dos exames, o biomédico garante que o resultado represente de forma precisa o estado de saúde do paciente. “Na prática, isso significa mais segurança e agilidade na tomada de decisão clínica, permitindo o início rápido do tratamento e aumentando significativamente as chances de cura”, explica Sesti.

Entre os sinais que merecem atenção, o biomédico alerta para sintomas como dificuldade para urinar, jato urinário fraco, presença de sangue na urina ou no sêmen e dor óssea persistente em casos mais avançados. “Esses sintomas exigem avaliação médica e laboratorial imediata, com dosagem de PSA e exames complementares conforme os protocolos do SUS e as diretrizes nacionais do Inca”, orienta.

Os dados do Inca mostram que, quando identificado precocemente, o câncer de próstata apresenta taxa de sobrevida superior a 95% em cinco anos. “O diagnóstico precoce permite tratamentos menos invasivos, preserva funções importantes, como a urinária e a sexual, e reduz os custos para o sistema de saúde”, destaca o coordenador.

Nos últimos anos, a ciência também tem contribuído para tornar o diagnóstico mais rápido e preciso. Além do PSA, novas tecnologias têm surgido, como o uso de biomarcadores moleculares, testes genéticos e exames de imagem de alta resolução. “Há pesquisas promissoras com exossomos urinários e microRNAs, que podem se tornar alternativas mais sensíveis e específicas. A biomedicina está na vanguarda desses avanços, aproximando a prática diagnóstica da medicina de precisão”, observa.

O coordenador ressalta que, embora o Brasil tenha avançado na ampliação da oferta de exames por meio do SUS, ainda é necessário fortalecer a descentralização dos serviços laboratoriais, especialmente nas regiões mais vulneráveis. “Investir em laboratórios regionais e em parcerias público-privadas é essencial para que o diagnóstico precoce se torne uma realidade acessível a todos os homens”, pontua.

Além do laboratório, o biomédico também tem papel importante nas ações educativas. “Durante o Novembro Azul, ele pode atuar como educador em saúde, participando de mutirões, explicando o significado dos exames e levando informação científica de forma acessível às comunidades. É uma forma de combater o medo e a desinformação, que ainda são barreiras para muitos homens”, conclui Sesti.

O curso

A formação em biomedicina oferece habilitação profissional em análises clínicas para atuar na pesquisa e diagnóstico das doenças humanas, identificando e compreendendo causas e efeitos. A Afya Palmas disponibiliza o curso em sua grade com estrutura e recursos modernos, como a clínica biomédica e o laboratório escola, onde são realizadas aulas práticas, estágios e projetos de extensão, para proporcionar uma experiência acadêmica única. O curso noturno tem duração de oito semestres.

Sobre a Afya

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação.

Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br

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